A matriz elétrica brasileira passou por transformações significativas na última década, trazendo novos desafios para o fornecimento de energia no país. No WW, Daniel Rittner, diretor da CNN em Brasília, apresentou dados que ilustram essa mudança e explicam as dificuldades atuais no setor energético.
Há dez anos, as hidrelétricas dominavam a matriz elétrica, respondendo por mais de 70% da energia gerada no Brasil. Atualmente, essa participação caiu para 50%, embora ainda seja uma fonte importante. Em contrapartida, as energias eólica e solar, que eram praticamente inexistentes ou irrelevantes há uma década, agora representam 15% e 7,5% da matriz, respectivamente.
Rittner destacou que essa nova configuração da matriz elétrica traz desafios para o fornecimento de energia, especialmente nos horários de pico de demanda. No horário das 18h46, por exemplo, não há geração de energia solar e a produção eólica não está em seu pico.
Além disso, as hidrelétricas, que poderiam compensar essa situação, enfrentam períodos de estiagem mais intensos, reduzindo sua capacidade de geração. Essa combinação de fatores complica significativamente a operação do sistema elétrico nacional.
A mudança na matriz elétrica brasileira reflete uma tendência global de diversificação das fontes de energia e aumento da participação de fontes renováveis. No entanto, esse processo de transição energética traz consigo novos desafios que exigem planejamento e adaptação contínuos do setor elétrico para garantir o fornecimento estável de energia para a população.
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