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Procurada, a Voepass não explicou os motivos pelos quais os trajetos estão suspensos. Afirmou que todas as aeronaves em operação estão “aeronavegáveis” e “aptas a realizar voos, com todos os sistemas requeridos em funcionamento”. A reportagem questionou a companhia novamente sobre a indisponibilidade de trafegar nos trechos citados, mas empresa não deu retorno até a publicação do texto.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) diz que acompanha a situação e orienta os passageiros afetados a procurarem a Voepass. Os casos de atrasos, cancelamentos e interrupção do serviço, segundo a agência, devem ser comunicados pela companhia aérea, que precisa também manter os clientes informados a cada 30 minutos a respeito da previsão de voos atrasados.
A Anac informou também que os passageiros que viajariam no período poderão reacomodar as passagens de forma gratuita em voo feito por outra empresa aérea nas datas e horários mais próximos da viagem cancelada. Mas, se o passageiro quiser marcar a viagem para outro dia e horário, conforme sua conveniência, só poderá se deslocar pela Voepass e dentro do prazo de validade do restante da passagem.
Nas redes sociais, a empresa afirma que possui voos diretos para Recife partindo de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Natal e Fernando de Noronha. No site, no entanto, não é possível reservar uma passagem para a capital pernambucana saindo destas cidades.
As causas da queda estão sendo conduzidas pela Polícia Federal e pelo Cenipa, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, da Força Aérea Brasileira. Os orgãos já conseguiram extrair os dados de voz e de voo das caixas-pretas e do Flight Data Recorder, respectivamente, que serão importantes para desvendar as razões para o acidente.
“Neste momento de profunda dor, nosso principal esforço está em seguir apoiando e dando assistência irrestrita às famílias dos passageiros e tripulantes a bordo”, afirma a Voepass, em nota. A companhia alega que a aeronave, modelo ART 72-500, estava regular a apta para voar.
Levadas ao Instituto Médico-Legal de São Paulo, as vítimas passam pelo processo de reconhecimento realizado pelos peritos. Até a última atualização do governo do Estado, 45 passageiros já haviam sido identificados e 27 foram liberados aos familiares para o sepultamento. Outros cinco corpos estão em processo de liberação, aguardando a documentação complementar.
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