A Polícia Federal (PF) deflagrou na última quinta-feira (11) a operação Última Milha, que investiga uma suposta rede de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). As investigações apontam para a existência de uma ‘Abin Paralela’, envolvida em uma série de crimes.
De acordo com as informações divulgadas, os principais delitos sob investigação incluem associação criminosa, interceptação ilegal, invasão de dispositivos eletrônicos, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Cada um desses crimes possui penalidades específicas e características distintas.
Crimes e penalidades
A associação criminosa, com pena de até três anos, raramente ocorre isoladamente, pois implica na união para cometer outros delitos. A interceptação ilegal de dispositivos eletrônicos, que pode resultar em até quatro anos de prisão, envolve a invasão de aparelhos privados.
Já a invasão de dispositivos, com pena de até um ano, abrange a intrusão em computadores e tablets. A lavagem de dinheiro, considerada um crime grave, pode levar a penas de até 10 anos de prisão. Por fim, a corrupção passiva, um dos delitos mais sérios, prevê punições de até 12 anos.
Estratégias utilizadas
Segundo a PF, o esquema da Abin paralela utilizava um software chamado FirstMile para realizar interceptações telefônicas ilegais. Além disso, havia estratégias para ocultar o dinheiro usado para remunerar os participantes do esquema ilícito.
À medida que novas fases da operação são realizadas, mais detalhes sobre o funcionamento dessa rede de espionagem ilegal vêm à tona. A investigação promete revelar um complexo quebra-cabeça envolvendo servidores públicos e possíveis conexões com entidades privadas.
O caso da Abin paralela levanta sérias questões sobre a segurança nacional e o uso indevido de recursos de inteligência. As autoridades continuam a trabalhar para desvendar a extensão desse esquema e identificar todos os envolvidos.
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