O estado do Rio de Janeiro alcançou um novo recorde no número de apreensões de fuzis, nesta segunda-feira (30), com a marca de 500 unidades recolhidas. O último recorde registrado foi em 2019, quando houve a apreensão de 505 armas de fogo longas.
De acordo com a Secretaria de Estado da Polícia Militar do Rio de Janeiro (SEPM), a marca alcançada já superou a quantidade apreendida em 2023, que totalizou 492. “Somente no mês de agosto, a SEPM contabilizou 78 fuzis, o que equivale a dois fuzis por dia”, destacou o órgão.
Os dados fornecidos pela SEPM fazem parte de um levantamento feito pela Subsecretaria de Inteligência (SSI) da Secretaria de Estado de Polícia Militar, que contabiliza diariamente o saldo de apreensões obtido pelas unidades operacionais da corporação em todo o território estadual.
“Além dos números, as informações são analisadas para detectar outros dados relevantes, como, por exemplo, as áreas onde os fuzis são apreendidos, o calibre e a procedência do armamento”, disse a Polícia Militar.
Segundo o levantamento da Subsecretaria de Inteligência (SSI), o maior volume de apreensões dessas armas de guerra ocorre em regiões onde facções criminosas disputam ocupação e liderança territorial em comunidades.
“A área de policiamento do 41º Batalhão de Polícia Militar, de Irajá, que abrange parte da zona norte e parte da zona oeste, registrou o maior número de apreensões: 76 fuzis”, afirmou a Secretaria de Estado de Polícia Militar.
Além disso, os analistas da SSI afirmaram que mais de 90% das apreensões ocorreram na região metropolitana, sobretudo nas regiões do 2º CPA (Comando de Policiamento de Área), na zona oeste e parte da zona norte da capital. Além do 3º CPA, na Baixada Fluminense.
A previsão é que o número expressivo coloque o ano de 2024 em primeiro lugar no ranking de apreensões de fuzis nesta década.
Em nota, a Secretaria de Estado da Polícia Militar do Rio de Janeiro ressaltou os dados referentes a procedência das armas. De acordo com o levantamento, dos 500 fuzis apreendidos entre janeiro e setembro, 29,8% não tinham marca definida.
“[Isso indica] que as armas estão sendo contrabandeadas separadamente por peças e que são montadas no estado por armeiros ligados às facções criminosas, dentro das comunidades”, disse a Polícia Militar.
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo
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