Um relicário de São Benedito, com fragmento de osso do santo, foi furtado dentro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, que fica na Rua Uruguaiana, no Centro do Rio. O local é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Outros itens religiosos, como medalhinhas, fitinhas, imagens, terços, escapulários e moedas também foram levados, além de uma mesa de som e um ventilador. A denúncia foi registrada pelo responsável pela igreja, padre Álvaro Inácio, na 1ª DP (Praça Mauá), que investiga o caso.
Um funcionário que chegou para trabalhar nesta segunda-feira (7) percebeu que a porta já estava aberta e deu falta dos itens.
Como a igreja não tinha sinais de invasão, a suspeita é de que criminosos tenham conseguido entrar durante uma festa que foi realizada no último fim de semana em celebração ao dia de Nossa Senhora do Rosário. À CNN, padre Álvaro contou que acredita que os suspeitos tenham se escondido na igreja para furtar e saído depois pela porta da frente, que só é aberta por dentro.
O pároco contou que a perda da mesa de som quase atrapalhou a celebração das missas.
“A mesa de som não era barata e causou muito problema porque depois, no dia da padroeira, tivemos que pegar uma emprestada correndo pra poder celebrar as missas”, afirmou padre Álvaro Inácio.
Ele contou ainda que o relicário de São Benedito não era tombado, mas tinha grande valor sentimental.
“Pro cristão é um instrumento de graça e algo sagrado. São Benedito é um santo muito querido de nosso povo, tem muitos devotados. A gente costumava usar o relicário para dar a benção no final da missa de São Benedito. A gente pede a ajudar de quem puder, homens de boa vontade, ajudar a procurar esse objeto tão importante pra nós. E se alguém se arrependeu do mal que fez, que possa devolver aqui”, pediu o padre.
Policiais civis estiveram na igreja nesta terça-feira (8). Nesta quarta (9), o padre deve ir até a delegacia para concluir o registro que foi iniciado pela internet.
A Polícia Civil disse que o caso foi registrado na 1ª DP (Praça Mauá) e a investigação está em andamento para apurar a autoria do crime.
Em novembro do ano passado, padre Álvaro já tinha sido vítima de furto. Na ocasião, ele era administrador da Igreja São Francisco de Paula, também no Centro do Rio, de onde foi levado um ostensório do século 19. A peça de prata, com detalhes banhados a ouro e pedras semipreciosas, estava em exposição aos visitantes quando foi furtada. O objeto ainda não foi recuperado.
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