“A herança africana é bem poderosa. Traz conhecimento e sabedoria que podem nos ajudar a tomar melhores decisões sobre o futuro da humanidade”. Com essas palavras, a rainha da República Democrática do Congo, Diambi Kabatusuila, arrebatou o público durante palestra proferida na manhã desta terça-feira (12), em sua animada visita ao Campus I da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Salvador.
A rainha destacou experiências sobre o modelo educacional baseado na filosofia africana e na cultura congolesa, reforçando a importância dos estudantes para o futuro da humanidade. “A resposta que tanto buscamos sobre um futuro melhor, mais solidário, de cuidado mútuo, de prosperidade coletiva, está em nosso passado ancestral. Está no ‘eu’ e no ‘nós’, na integração gentil e respeitosa entre as pessoas e a natureza. A resposta está no povo, está nas florestas. Somos todos parte de ecossistema único e ao mesmo tempo ricamente diverso”, afirmou ela, com firmeza e emoção.
A comitiva real foi recebida na Uneb por estudantes, professores, técnicos e gestores da universidade, com muita música e acolhida festiva. A pró-reitora de Ensino de Graduação (Prograd), Gabriela Pimentel, reitora em exercício, recepcionou a rainha e sua comitiva, apresentando a universidade e suas ações de internacionalização com África, além da potente política de ações afirmativas da instituição. A gestora destacou, ainda, a importância de estreitar relações entre Brasil e a República do Congo.
“É uma honra para a Uneb receber a Rainha do Congo, Djambi Kabatusuila. Este é um momento para fortalecer o diálogo com a nossa comunidade unebiana, reiterando questões importantes que a Universidade discute, como as questões afro-brasileiras. Esta visita da rainha também é uma oportunidade para firmar possíveis parcerias entre a UNEB e as universidades da República do Congo”, destacou a reitora em exercício da Uneb.
Após palestra, a rainha respondeu perguntas de estudantes. Entre estas está a da estudante da curso de Pedagogia da Universidade, Mariela Silva. “Receber e conversar com a Rainha, Djambi Kabatusuila, fortaleceu a minha autoestima e empoderamento enquanto mulher preta. Fiz uma pergunta sobre a falta de oportunidades e visibilidade da mulher negra dentro e fora da academia, devido a uma sociedade patriarcal e capitalista. A rainha foi muito gentil e me disse palavras encorajadoras de força e perseverança. Um momento inesquecível”, afirmou a discente.
Desde que assumiu a responsabilidade pelo seu povo, em 2016, a Rainha Diambi tem percorrido vários países para falar sobre a necessidade de restaurar uma identidade africana, sempre defendendo que é urgente a reconciliação dos africanos e dos afrodescendentes com a sua verdadeira história.
Fonte: Ascom/Uneb
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