Ébahia News
HomeBrasil

Quem era delegado morto em emboscada na Praia Grande?

Ruy Ferraz Fontes foi assassinado a tiros na noite desta segunda-feira (15), no bairro Nova Mirim; ele atuou por mais de 40 na Polícia Civil e se destacou no combate ao crime organizado

Divulgação/Governo de São PauloEx-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi morto a tiros na noite desta segunda-feira (15)

O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e atual secretário de Praia Grande, Ruy Ferraz Fontes, de 68 anos, foi morto a tiros na noite de segunda-feira (15). O crime aconteceu na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, no bairro Nova Mirim. O caso ainda está sob investigação.

Segundo relatos e imagens de câmeras de segurança, o carro de Ruy Ferraz Fontes foi perseguido por criminosos. Durante a perseguição, o veículo do ex-delegado bateu em um ônibus e capotou. Após o acidente, três homens armados com fuzis desceram de outro carro e atiraram várias vezes em Ruy. Em seguida, eles fugiram. Duas pessoas que passavam pelo local também foram baleadas, mas foram socorridas e não correm risco de morte.

Quem era o delegado Ruy Ferraz?

A trajetória de Ruy Ferraz Fontes foi marcada por uma dedicação de mais de 40 anos à Polícia Civil, com atuação destacada no combate ao crime organizado. O ex-delegado-geral foi um dos primeiros a investigar o Primeiro Comando da Capital (PCC), mapeando a estrutura da facção e prendendo lideranças importantes, incluindo o chefe Marcola e a cúpula do grupo criminoso. Suas investigações e ações foram cruciais em um dos períodos mais violentos de São Paulo, quando, em 2006, o PCC deflagrou uma série de ataques contra forças de segurança.

A liderança de Ruy se estendeu para o comando da Polícia Civil paulista entre 2019 e 2022, período em que liderou a transferência de chefes do PCC para presídios federais, uma medida estratégica para desarticular o poder da facção nas cadeias. Sua carreira incluiu passagens por delegacias especializadas como o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Além de sua atuação prática, ele também foi professor de Criminologia e Direito Processual Penal. Em 2023, assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande, onde vinha atuando.

Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Demonstrou preocupação antes de ser assassinado

Em dezembro de 2023, Fontes sofreu um assalto, em Praia Grande. Na época, ele já demonstrava preocupação com sua segurança e de familiares, após anos de atuação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC). “Combati esses caras durante tantos anos e agora os bandidos sabem onde moro. Minha família, agora, quer que eu deixe o emprego em Praia Grande e saia de São Paulo”, disse ao Estadão após o episódio. Ele ainda apontava estar preocupado com a exposição do assalto na mídia e que sua família se sentia ameaçada.

Ele e a mulher saíam de um restaurante e iam para casa quando foram abordados. Um dos criminosos apontou a arma para a cabeça do ex-policial. Foram roubados celulares, joias, cartões e a moto do casal. Os suspeitos foram presos em flagrante, e os bens, recuperados. Na época, Fontes atuava como secretário da Administração na prefeitura de Praia Grande.

*Com Estadão Conteúdo

Publicado por Nícolas Robert

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Clique aqui

COMMENTS