Como parte do Programa de Combate à LGBTfobia Institucional, a Coordenadoria de Políticas e Promoção da Cidadania LGBT+ está sensibilizando servidores públicos e demais colaboradores sobre o tema nas secretarias municipais de Salvador. Na tarde da segunda-feira (3), a sensibilização ocorreu no ambiente de trabalho da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), no Comércio – o órgão é responsável por elaborar planos e projetos e gerir informações urbanas, visando a melhoria do ambiente urbano e a qualidade de vida da população.
O coordenador de Políticas e Promoção da Cidadania LGBT+, Marcelo Cerqueira, alertou o público presente sobre os atos que podem ser configurados como homofobia e transfobia, sobre as consequências e a importância de afastar o preconceito do ambiente de trabalho. “Trouxemos as informações do programa, reacendendo a ideia de que as pessoas precisam tratar as outras, sobretudo o outro servidor, com respeito e com atenção e sugerindo que no lugar de uma discriminação a pessoa faça um elogio. ‘Você está mais bonita hoje!’ ‘Seu cabelo está lindo!’. É bem melhor do que fazer um comentário de ódio, que pode ser configurado como crime e que pode causar danos à saúde mental da pessoa ofendida”, alertou.
Durante a sensibilização, Cerqueira também lembrou casos de LGBTfobia, apresentou as leis relacionadas ao tema e reforçou que, desde o ano passado, atos de homofobia e transfobia estão sendo enquadrados como crime de injúria racial, seguindo determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). “Achei ótima a sensibilização e também a receptividade dos profissionais da FMLF. Esse programa tem como principal objetivo afastar do serviço público todas as formas de preconceito”, completou.
Conscientização – Chefe de gabinete da FMLF, Fagner Dantas considerou importante momentos como o da sensibilização para elucidação e orientação em relação às leis e aos novos decretos. “Eu acho que nós temos sempre que lutar por novos direitos através da institucionalização com decretos, leis e políticas públicas, mas, acima de tudo, são fundamentais eventos como esse para permitir que esse conhecimento seja internalizado pelas pessoas e não fique apenas na letra fria da lei, mas também nas ações e atividades diárias de cada um, pois só assim será possível combater todo o tipo de preconceito e discriminação”.
Para a assistente social da FMLF, Adriana Cardoso, foi um momento esclarecedor. “Assim como me ajudou a tirar dúvidas, tenho certeza que ajudou a outros colegas. É fundamental a continuidade do programa e da sensibilização para evitar o preconceito e a LGBTfobia”.
Estudante de arquitetura e urbanismo e estagiário na Fundação, Jorge Luís Lucas Nunes achou muito interessante a sensibilização. “Ajuda na conscientização e a ter noções de assuntos que parecem corriqueiros, mas que colaboram com atitudes e propostas que, depois, em maior escala, irão ajudar a mudar essa situação estrutural, como foi comentado durante a apresentação. Então são pequenas atitudes que formam uma base para criar propostas maiores que trarão reflexos importantes para o futuro”, opinou.
Programação – Nos próximos dias, o Programa de Combate à LGBTfobia Institucional passará por outros órgãos da Prefeitura. Nesta terça-feira (4), às 9h30, a sensibilização ocorre na Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador (Arsal), no Empresarial Thomé de Souza, na ACM. Amanhã, a partir das 10h30, o programa estará na Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia, no Hub Salvador (Comércio). À tarde, às 14h, quem recebe a sensibilização é a Defesa Civil de Salvador (Codesal), na Avenida Mário Leal Ferreira, Engenho Velho de Brotas.
Na quarta-feira (6), a sensibilização ocorrerá na Secretaria de Manutenção da Cidade (Sete Portas), às 9h, e no auditório da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas, às 10h. No dia 10, às 10h, o evento ocorre na Controladoria Geral do Município (Avenida Sete de Setembro) e no dia 11, no auditório da Secretaria Municipal de Gestão, no Dois de Julho, contemplando os servidores e demais colaboradores da Secretaria Municipal de Governo (Segov).
Reportagem: Priscila Machado/Secom PMS
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