Uma ação conjunta das polícias Civil e Militar resultou nesta quarta-feira (6) na prisão de seis criminosos armados no bairro de Laranjeiras, na zona Sul do Rio. Eles eram apontados como integrantes de uma das maiores quadrilhas de roubos de veículos da capital fluminense.
Segundo a polícia, o grupo se preparava para cometer mais um crime quando foi detido. Os agentes chegaram até eles através de informações do setor de inteligência.
As investigações mostram que os suspeitos integram uma rede especializada em cometer roubos nos bairros de Laranjeiras e Botafogo, na zona Sul, Méier e Tijuca, na zona Norte e na região central do Rio.
A diretora geral de polícia da capital, delegada Raíssa Celles, chamou a atenção para o modus operandi do bando.
“Os criminosos estavam dentro de um veículo roubado portando armas de fogo e existiam dois outros que estavam em motocicletas. Por que essa diversidade de ações? Porque os marginais nas motos são conhecidos como batedores. Eles agem escoltando os criminosos, avisando sobre a presença da polícia, sobre o itinerário e ficam sempre na cobertura no caso de alguma intercorrência”.
Durante a ação, foram apreendidas duas pistolas, um revólver, além de toucas ninja e lacres para amarração das vítimas. Três veículos roubados também foram recuperados.
Segundo a polícia, os seis criminosos eram reincidentes em roubos de veículos. Um deles, inclusive, tinha um mandado de prisão em aberto no Rio Grande do Sul. Ele era membro do PCC, em São Paulo, atuava no bairro Capão Redondo, na capital paulista, conhecido como reduto da facção Primeiro Comando da Capital e passou a cometer crimes em vários estados.
O delegado André Neves, diretor de Polícia Especializada, destacou que o modelo de atuação do crime organizado no Rio de Janeiro vem atraindo cada vez mais lideranças de outros estados.
“Quantos criminosos de outros estados estão aqui no Rio de Janeiro? Muitos. O número é assustador. Obviamente, você tem um modelo de atuar e de enfrentamento que não havia até pouco tempo em outros locais da federação. Temos lideranças de vários estados no Rio trocando informações, trocando modos de operação e já há uma investigação sobre isso que corre em sigilo”, destacou o delegado.
A ação desta quarta-feira (6) fez parte de mais uma fase da Operação Torniquete, deflagrada com o objetivo de combater crimes contra o patrimônio. Durante entrevista coletiva, o secretário de segurança pública do Estado, Victor dos Santos, disse que a partir de agora, a operação será permanente.
“Entendemos por bem que essa operação se torne uma ação de segurança pública do Rio de Janeiro porque ela demonstra tudo aquilo que a gente prega como importante que são a integração e a cooperação entre as forças”.
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