Um laudo pericial concluído pela Polícia Científica de Santa Catarina (PCI) revelou as prováveis causas do trágico acidente aéreo ocorrido no dia 4 de junho de 2024, entre as cidades de Garuva e Itapoá, em Santa Catarina. O laudo indica que a aeronave colidiu com um obstáculo em meio a condições climáticas adversas. Relembre o caso.
A Força Aérea Brasileira encontrou destroços de avião que havia desaparecido, na tarde de 3 de junho, em Santa Catarina. Informações iniciais davam conta de que o avião bimotor, modelo Beechcraft 95-B55, perdeu altitude na região norte do Paraná e teria perdido o contato com a torre de comando quando sobrevoava a região de Joinville, por volta das 20h35, para onde teria desviado por causa das condições de pouso.
A aeronave caiu numa região de mata fechada entre as cidades de Garuva e Itapoá, a cerca de 70 quilômetros de Joinville, no norte catarinense. Os bombeiros tiveram muita dificuldade para acessar o local devido à grande quantidade de árvores e a distância de estradas asfaltadas.
Segundo o monitoramento via satélite, a aeronave modelo Baron 95-B55 saiu de Governador Valadares, no interior de Minas Gerais, pouco depois das 17h e tinha previsão de pouso em Florianópolis, capital catarinense, três horas depois. A fuselagem foi encontrada em mata fechada entre as cidade de Garuva e Itapoá, no norte catarinense.
A aeronave pertence à empresa Conserva de Estradas LTDA, segundo registro da Agência Nacional da Aviação Civil. O avião foi fabricado em 1982 e poderia levar até 5 passageiros, além do piloto. Ainda de acordo com a ANAC, o bimotor não possui autorização para realizar táxi aéreo. Duas pessoas morreram no acidente.
De acordo com as investigações, a combinação de fatores como condições meteorológicas desfavoráveis, perda de visibilidade durante a aproximação e a colisão com um obstáculo foram determinantes para o acidente. A aeronave estava tecnicamente apta e o piloto era qualificado, mas as adversidades climáticas foram fundamentais para o acidente.
A análise detalhada dos dados do voo, incluindo informações da plataforma FlightRadar, permitiu reconstruir a trajetória da aeronave até o momento do impacto. A perícia também avaliou as condições de manutenção da aeronave, as qualificações do piloto e as comunicações com o controle aéreo.
O documento esclarece aspectos legais e eventuais responsabilidades, diferenciando-se do trabalho realizado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), que foca na prevenção de novos acidentes. O Laudo Pericial foi encaminhado ao Delegado de Polícia, responsável pela conclusão do inquérito policial.
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