O consumo de energia no Brasil atingiu níveis alarmantes, superando recordes históricos desde o apagão. Pedro Côrtes, analista de Clima e Meio Ambiente, enfatizou a importância da economia de energia para reduzir custos e minimizar o impacto ambiental.
Segundo Côrtes, o país enfrenta uma situação preocupante: “Nós temos o consumo mínimo esse ano, ele foi superior ao consumo máximo de todos os anos anteriores desde o apagão”. Este aumento significativo é atribuído principalmente às ondas de calor sucessivas que o país vem enfrentando desde o ano passado.
O especialista identificou dois horários críticos de pico de consumo. O primeiro ocorre no meio da tarde, entre 14h e 16h, devido ao uso intensivo de aparelhos de ar-condicionado e circuladores de ar. O segundo pico acontece no início da noite, quando há uma sobreposição do consumo doméstico com o final do expediente em empresas e escritórios.
Apesar da capacidade de geração ser suficiente, incluindo um excedente no setor eólico, o problema reside na distribuição e no tipo de energia utilizada nos horários de pico. Côrtes explica: “Para atender esse pico do final do dia as plantas solares elas já perdem eficácia, porque o dia vai terminando, então elas param de gerar e aí para suprir essa demanda adicional no início da noite se usa mais hidrelétrica e termoelétrica”.
O uso intensificado de hidrelétricas e termoelétricas para suprir a demanda noturna traz dois problemas principais. As hidrelétricas enfrentam a questão do nível dos reservatórios, enquanto as termoelétricas representam a fonte de energia mais cara do país, impactando diretamente o bolso do consumidor.
Côrtes ressalta que mesmo uma pequena economia pode fazer diferença: “Se a gente conseguir economizar um pouquinho que seja, já alivia a situação”. Ele sugere que medidas como o horário de verão, embora não resolvam completamente o problema, poderiam contribuir para diminuir o consumo nos horários críticos.
A mensagem final do analista é clara: quanto mais os brasileiros economizarem energia, melhor será para o custo-benefício individual e coletivo, além de contribuir positivamente para o meio ambiente. A conscientização e ações práticas de economia de energia são fundamentais para enfrentar os desafios energéticos atuais do Brasil.
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