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O que sabemos sobre o assassinato em caso de triângulo amoroso na Praia Grande (SP)

O irmão do vereador Tiago Peretto foi encontrado morto com ferimentos de facadas, no dia 31 de agosto, dentro do apartamento da irmã dele, Marcelly Peretto, em Praia Grande, litoral paulista. Igor Peretto foi encontrado  foi enterrado no dia 1º de setembro.

Desde que teve conhecimento da tragédia, envolvendo o familiar, o vereador tem divulgado informações sobre o caso em suas redes sociais. Segundo ele, Rafaela, que era casada com seu irmão, o teria traído com Mário Vitorino da Silva, companheiro de Marcelly, ou seja, cunhado e amigo da vítima. Igor teria descoberto a traição.

A Polícia Militar prendeu Mário Vitorino, suspeito de participar do assassinato de Igor Peretto, cerca de 15 dias após o crime. Mario Vitorino, Marcelly Peretto e Rafaela Costa da Silva estiveram juntos no apartamento de Marcelly antes de Igor ser encontrado no local. A esposa dele, Rafaela Costa da Silva, e a irmã Marcelly foram presas, após determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

A denúncia do MP aponta que segundos antes da chegada dos dois ao apartamento, Rafaela deixou o local e permaneceu em seu carro para aguardar o desfecho do homicídio e a fuga de Marcelly e Mario. Uma testemunha ouvida durante as investigações afirmou que escutou a confusão que terminou na morte de Igor.

O vereador Peretto publicou vídeos em suas redes sociais comemorando a prisão de Mário. Em um dos vídeos, ele comemora ao lado do porta malas da viatura onde Mário supostamente estava. “Eu capturei o assassino do meu irmão”, afirmou o político.

Sobre o crime

Segundo o inquérito civil do caso e a denúncia do Ministério Público, o crime foi planejado, uma vez que Mário, Rafaela e Marcelly consideraram Igor um empecilho para o “triângulo amoroso”, ou seja, para o relacionamento que os três denunciados mantinham entre eles.

Rafaela, considerada a “pivô” do crime, teria se relacionado com a irmã de Igor antes do crime. Questionada, a defesa de Marcelly afirmou que a mulher relata que estava embriagada e foi beijada a força e acariciada por Rafaela.

“Após o crime, os três tentaram ocultar as evidências e simular uma defesa, fugindo juntos do local. A brutalidade do crime gerou grande repercussão na sociedade, evidenciando a necessidade de medidas cautelares”, afirmou o MP.

Fotos – Imagens do crime

Cronologia

No dia do crime, Igor, Rafaela, Marcelly e Mario foram a uma festa. De acordo com o depoimento de Mário, depois da confraternização, Igor teria pedido ao cunhado para deixá-lo na casa da mãe dele, já que Rafaela teria solicitado para ele sair de casa dois dias antes. Marcelly foi para o seu apartamento junto com Rafaela antes da saída dos dois rapazes.

Durante o trajeto para a casa da mãe de Igor, Mário recebeu uma ligação de Rafaela, a qual foi presenciada pela vítima, que passou a exigir satisfações do cunhado e pediu para que fossem até o apartamento de Marcelly na tentativa de contar para sua irmã que o seu ex-marido estava tendo um caso com Rafaela.

Ao chegarem no local, os dois homens entraram no apartamento, onde o crime aconteceu.

A denúncia do MP aponta que segundos antes da chegada dos dois ao apartamento, Rafaela deixou o local e permaneceu em seu carro para aguardar o desfecho do homicídio e a fuga de Marcelly e Mario.

“Note-se que, em juízo de cognição sumária, Mário e Marcelly estariam no local do crime. Já a ré Rafaella, apesar de ter se retirado do local, há indícios que manteve comunicação com os demais envolvidos”, afirmou o TJ-SP.

Enquanto aguardava, a viúva realizou pesquisas de destinos, supostamente a serem considerados, além de pesquisar “quanto tempo o corpo demora a feder”.

Quem era a vítima

Igor era dono de uma loja de carros que funcionava no bairro Aviação, também em Praia Grande. O estabelecimento foi inaugurado em 2022. Meses antes da abertura, ele postou em uma rede social o andamento da obra. Saiba quem era Igor Peretto.

Ele tinha um filho de 5 anos, com Rafaela Costa da Silva, com quem tinha um relacionamento há 6 anos. Ela é uma das suspeitas de ter participado da morte da vítima. Nas redes sociais, Igor costumava postar fotos e vídeos com a mulher.

No dia 16 de julho, cerca de um mês antes de ser assassinado, Igor se declarou para esposa antes de ser morto em emboscada armada por ela, em uma rede social parabenizando-a pelo seu aniversário. Em uma postagem, ele diz:

Hoje é o seu dia e eu venho aqui te parabenizar, te desejar um feliz aniversário, e dizer que você é uma das pessoas mais importantes da minha vida, te desejo tudo de melhor e de mais extraordinário nessa vida, que todos os seus sonhos e desejos seja realizado e espero estar neles com você pra sempre e sempre! Quero que saiba também que estou adorando e amando construir uma vida ao seu lado e poder cada dia que passa conhecer mais sobre você te admirar e te amar

Outro lado

Em nota, a defesa de Mário afirmou que “a investigação se mostrou confusa ao apontar um viés econômico, ignorando inúmeras provas que indicam o crime de ímpeto”.

Ainda em nota, a defesa repudiou a acusação, assim como os ataques aos representantes de Mário, e reafirmou o compromisso com a “Justiça corretamente aplicada ao caso concreto”.

Procurada, a defesa de Marcelly explicou que a irmã da vítima estava em sua casa, deitada na sua cama, quando Igor e Mário chegaram discutindo.

“Mário entrou direto no apartamento pois ainda tinha a senha. Igor, nervoso, chutou uma porta que tinha um espelho e o quebrou. Em seguida, Marcelly, nua, saiu da cama e foi para o cômodo ao lado vestir uma roupa. Ela narra que estava atordoada pois costumava beber porém não era usuária de ecstasy.

Quando a discussão não parava, após achar roupa e se vestir, voltou ao quarto e começou a gritar por socorro. Viu Mário saindo de cima do seu irmão mas não presenciou facadas”, disse a defesa de Marcelly, em nota.

Fonte: Clique aqui

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