O mês de novembro será marcado por calor e chuva em grande parte do território nacional, segundo previsão da meteorologista Heloisa Pereira em entrevista à CNN.
No Sudeste, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, a primeira quinzena de novembro deve ser mais amena.
“Até dia 10 de novembro, teremos uma frente fria e uma instabilidade chegando agora no centro-sul do país”, explica Pereira.
Este padrão chuvoso deve se estabelecer a partir de domingo, com previsão de 70 a 100 milímetros de chuva até terça-feira (5) na capital paulista e interior de São Paulo.
As temperaturas na capital paulista não devem ultrapassar os 25°C na primeira quinzena.
No entanto, a partir da segunda metade do mês, os modelos meteorológicos indicam um aumento significativo, com máximas superando os 30°C. Este padrão se aproxima mais da média histórica para novembro na região, que fica em torno de 27°C a 28°C.
Para a região Sul, a previsão é de menos chuva do que a média histórica. A meteorologista atribui o cenário, em parte, ao fenômeno La Niña, que está começando a se configurar.
“Para áreas do Rio Grande do Sul, o povo gaúcho tem sofrido muito com esses extremos. A perspectiva da maioria dos modelos é de que tenhamos essa redução da chuva nas áreas do extremo sul do Brasil”, afirma a Heloísa.
Já no Centro-Oeste, incluindo Brasília, Goiás e Mato Grosso, o cenário é diferente.
A região está sendo afetada pela zona de convergência do Atlântico Sul, um corredor de umidade que se forma desde a região Norte até as áreas centrais.
Isso resultará em dias marcados por chuvas, embora não necessariamente distribuídas de forma uniforme ou diária.
“Novembro deve ser um mês para essas áreas que a gente estava conversando, áreas mais centrais, centro-norte, marcado por chuva pelo menos próxima da média normal climatológica”, conclui Pereira.
A meteorologista ressalta que este padrão climático é diferente do observado no ano passado, quando o El Niño causou concentração de chuvas no extremo Sul do Brasil.
As mudanças nas condições dos oceanos, especialmente o resfriamento das águas do Pacífico, estão influenciando diretamente essas alterações no padrão de chuvas e temperaturas em todo o país.
Veja a entrevista na íntegra:
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