O ministro da Educação Camilo Santana compareceu nesta quarta-feira (22) à audiência na Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle sobre medidas adotadas pelo atual governo e sobre a última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Questionado sobre questões de suposto teor ideológico, o ministro afirmou que “não há possibilidade de nenhuma interferência política deste governo em relação às provas do Enem”.
Em outro momento da sessão, Camilo lembrou que “a seleção e a elaboração desses itens [questões do exame] ocorreram no governo passado. Não foi a comissão neste governo. Vamos fazer, inclusive, agora uma nova seleção de professores para elaboração”.
O atual chefe da pasta destacou ainda que respeita “muito os educadores brasileiros” e que quer “um país com a educação plural, inclusiva, respeitando as diferenças, as visões de mundo, porque isso faz parte da democracia”.
Os parlamentares indagaram o ministro principalmente sobre questões da prova envolvendo o agronegócio. Tais perguntas chegaram a ser contestadas anteriormente, com pedido de anulação de três delas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
“Quero deixar muito claro que esse governo tem não só valorizado, mas apoiado o agronegócio brasileiro”, afirmou.
Uma das questões do exame que foram contestadas, sobre a atuação do agro no Cerrado, trata-se de uma “questão que foi elaborada a partir de um livro, que é uma questão de interpretação. Isso não significa dizer que é um posicionamento do governo ou do Ministério da Educação”, de acordo com ele.
O ministro não fez menção à anulação de nenhuma outra pergunta do Enem 2023, afirmando que uma questão repetida de outra edição do exame já havia sido desconsiderada. A pergunta anulada era sobre a gripe H1N1.
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