O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou, nesta segunda-feira (9), três jovens suspeitos de praticarem racismo recreativo durante um trote de calouros da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). O caso aconteceu em março deste ano em Frutal, no Triângulo Mineiro.
De acordo com o MPMG, os acusados estavam cientes das suas ações e agiram “dolosamente, em contexto e com intuito de descontração, diversão ou recreação”, o que resulta em uma punição do crime ainda mais grave.
A ação dos jovens, que deram a uma aluna do primeiro ano do curso de Administração uma placa com o apelido de “Bombril” (em alusão ao seu cabelo), configura o crime de injúria racial, que foi recentemente equiparado ao crime de racismo.
Segundo o Ministério Público, a solicitação é de que cada denunciado pague uma indenização mínima de R$10 mil pelos danos causados à vítima.
Injúria racial
O crime foi praticado pelos três jovens no dia 11 de março deste ano e causou grande repercussão nas redes sociais. Dois dias após o acontecimento, o Coletivo Negro e o Centro Acadêmico de Geografia da universidade publicaram uma nota conjunta de repúdio contra a ação dos alunos durante o trote.
“É fundamental que todos os membros da comunidade acadêmica estejam engajados na construção de um ambiente inclusivo e livre de discriminação”, ressaltava a nota.
No dia 14 de março, o Coletivo e o Diretório Acadêmico da instituição lideraram um ato de repúdio contra a ação dos três alunos contra a vítima. A manifestação reuniu estudantes de graduação de pós-graduação em frente a universidade que seguravam placas com frases como: “Aqui não formamos racistas” e “ Racismo é o último grau da ignorância humana”.
A CNN buscou contato com a UEMG, mas não obteve retorno até o momento da publicação desta matéria.
*Sob supervisão de Bruno Laforé
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