O falecimento do jornalista, professor e escritor José Carlos Teixeira comoveu e chocou a todos que o conheceram, gerando moções de pesar e outras demonstrações de luto na Assembleia Legislativa, na prefeitura de Feira de Santana e em organizações de classe como a Associação Bahiana de Imprensa e no Sindicato dos Jornalistas (Sinjorba). Aos 76 anos, ele estava em plena atividade e acabara de trabalhar na campanha da chapa vencedora do pleito em Madre de Deus, quando escorregou ao seguir para o hotel, sofrendo traumatismo craniano, de qual não se recobrou apesar do socorro imediato.
No Legislativo, a sua morte foi registrada em moções de pesar, dos deputados Fabíola Mansur (PSB) e Robinson Almeida (PT), protocoladas junto à Secretaria Geral da Mesa. O presidente Adolfo Menezes lamentou “essa trapaça do destino que priva o jornalismo baiano de um dos seus maiores expoentes. Com 55 anos de experiência, José Carlos Teixeira uniu competência, coragem, firmeza e rebeldia para se tornar um dos principais nomes da imprensa baiana”, frisou. Solidário com seus familiares, seus filhos, Joanna e João Pedro Pitombo, bem como a sua companheira, a também jornalista Lenilde Pacheco, e a ex-esposa, Eliana Pitombo, o presidente da ALBA espera “que Deus ofereça conforto a todos nesse momento doloroso, mantendo vivos, na memória daqueles que tiveram o privilégio de conviver com ele, os bons momentos que compartilharam”.
O deputado Adolfo Menezes lembrou que a Assembleia Legislativa deve a José Carlos Teixeira um dos momentos mais alegres e poéticos dos últimos anos, durante o lançamento de um dos livros da coleção Gente da Bahia que ele escreveu, traçando um perfil biográfico “Walmir Lima: um bamba da Bahia”, que teve a participação do grupo Samba e Democracia e levou o homenageado a levantar, feliz, e aos 82 anos de idade, na ocasião, a sambar cantando o seu maior sucesso “Ilha de Maré”, eternizado pela voz de Alcione. Ele finalizava, com curadoria do filho, o também jornalista João Pedro Pitombo, a seleção de artigos publicados em diversos veículos de comunicação nos últimos três anos, prefaciado por outro jornalista de escol, Vitor Hugo Soares, que o programa ALBA Cultural, planeja publicar, acrescentou o presidente da Assembleia.
José Carlos Teixeira também trabalhava num livro para a coleção Gente da Bahia sobre o sambista e produtor Cultural, Edil Pacheco, um amigo próximo. Teixeirinha, como era carinhosamente conhecido, era um profundo estudioso da música, em especial do samba baiano, pois além de jornalista, professor de comunicação, também era poeta, fez teatro e era conhecido de todo o meio cultural da Bahia – o que amplia o vazio deixado pelo falecimento tão inesperado desse grande baiano, completou o deputado Adolfo Menezes.
LUTO OFICIAL
O prefeito Colbert Martins decretou luto oficial em Feira de Santana em reverência à memória do jornalista José Carlos Teixeira que, apesar de ter nascido em Ruy Barbosa, fora residir na Princesa do Sertão ainda criança e considerava a cidade como “seu torrão natal”. Foi lá que ele estudou, começou a atuar como jornalista (fundador) do jornal Feira Hoje. No decreto de luto oficial, o prefeito traçou um rápido perfil na homenagem a Teixeirinha.
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