Categories: Brasil

Margem Equatorial vira prioridade da ANP para 2025 em meio à ofensiva para exploração da região

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP) incluiu entre suas prioridades para 2025 o estudo do potencial petrolífero da Margem Equatorial, que engloba as bacias sedimentares Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.

A inclusão no calendário de avaliações da Agência foi formalizada na última quinta-feira (11), e fez parte de uma ofensiva do Ministério de Minas e Energia (MME) pelo avanço da exploração da região.

Um dia antes (10), se reuniram no Palácio do Planalto, na presença do presidente Lula, o ministro do MME, Alexandre Silveira, e representantes do Ministério do Meio Ambiente, incluindo a titular da pasta, Marina Silva, e o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Rodrigo Agostinho.

Segundo apuração da CNN, a reunião, que também contou com a presença de outros quadros ligados à infraestrutura e discutiu a necessidade de celeridade de licenciamentos ambientais para avanço de projetos.

No ano passado, o Ibama indeferiu o pedido da Petrobras para realizar atividade de perfuração na Foz do Amazonas. O entendimento foi de que a estatal não apresentou uma avaliação ambiental de área sedimentar (AAAS) — que permite identificar áreas em que a extração e produção leva a graves riscos e impactos ambientais.

Logo após a ANP realizar seu movimento, a Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME abriu uma consulta pública para rediscutir a interação entre “questões ambientais e segurança energética” e propor aprimoramentos às políticas que envolvam estas questões.

O material indica a importância do licenciamento para projetos como “incontestável”, mas o classifica como “complexo” para empreendedores e demais partes envolvidas. O trabalho traz um capítulo específico sobre “novas fronteiras” em que menciona a Margem Equatorial e especificamente a Foz do Amazonas.

Entre os pontos de reflexão e conclusões fomentados pelo material do MME para a consulta pública estão:

  1. Análise crítica sobre as sobreposições das atribuições do Ibama e ANP e como avançar para pacificar o tema;
  2. Alinhar estratégias para licenças mais céleres para perfuração dos poços exploratórios (com menção à Margem Equatorial)
  3. Aprovar as AAAS pendentes e avaliar o uso de verbas de PD&I para realizar os Estudos Ambientais de Áreas Sedimentares.

Fonte: Clique aqui

Redação

Share
Published by
Redação

Recent Posts

Globalização falhou nas áreas social e ambiental, diz Galípolo

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta sexta-feira (15) que…

1 hora ago

Simões Filho inicia Avaliação SABE para alunos do 2º, 5º e 9º ano

A Prefeitura de Simões Filho, por meio da Secretaria de Educação, deu início à Avaliação…

2 horas ago

STF tem maioria para manter prisão de Domingos Brazão, suspeito de ser mandante do assasinato de Marielle

Julgamento em sessão virtual começou na última sexta-feira (8), e tem previsão de terminar na…

2 horas ago

Petrobras, BB, Caixa, BNDES e Itaipu apresentam propostas ao G20

Cinco empresas estatais de peso na economia brasileira - Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica,…

3 horas ago

Banco Mundial e FMI beneficiam países ricos, critica economista no G20

O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), por funcionarem em uma lógica de…

4 horas ago

Servidor de departamento de defesa animal é exonerado após foto com javali morto

Um servidor da Superintendência de Bem-Estar Animal de Uberaba (MG) foi exonerado nesta semana após…

5 horas ago