Na lógica das redes sociais, quinta-feira é dia de relembrar e comemorar. Por que não faríamos isso em relação às conquistas recentes do ciclismo baiano? Acostumado à velocidade da bike e à imprevisibilidade do terreno no mountain bike, talvez nem o ciclista Ulan Galinski esperasse que seis dias após sua participação nas Olimpíadas de Paris 2024, primeira aparição olímpica da sua carreira, viria a vitória no Campeonato Brasileiro de Cross Country Elite 2024.
Com todos os olhos direcionados para Paris, Ulan fez sua estreia em Olimpíadas e alcançou a 21ª posição Cross Country de ciclismo mountain bike masculino. O atleta contou antes de viajar sobre sua expectativa para os Jogos de Paris em episódio do Sudesbcast, programa da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). Mas, parece que a experiência trouxe um novo vigor para o atleta.
“Para quem vive do esporte, para quem ama o esporte, não tem nada parecido. Era um sonho de criança. Mas, mais do que isso, é uma experiência que marca a vida de qualquer atleta. Pude aprender muitas coisas nesse processo e acabou crescendo um fogo muito grande dentro de mim para continuar seguindo os meus sonhos, continuar nessa caminhada buscando ser um dos melhores atletas do mundo, que é onde eu quero chegar”, conta o ciclista.
E com essa nova energia o atleta se sagrou o melhor do Brasil ao vencer o Campeonato Brasileiro de Cross Country Elite 2024, um dos seus grandes objetivos da temporada. “Era outro sonho de criança que queria muito conquistar. Foi realmente muito especial conseguir conquistar isso, acabei me tornando o primeiro nordestino da história a ser campeão brasileiro. E isso é um marco muito importante, não só para mim, mas para todo o nordeste. Me alegra muito poder inspirar e representar o meu povo e hoje carregar a bandeira do Brasil no meu peito nas principais competições do mundo”, afirma o ciclista.
Natural do Capão, na Chapada Diamantina, Ulan é atualmente o principal nome brasileiro do ciclismo moutain bike internacional na variação XCO, a considerada olímpica, e o título veio para selar um ano especial para o atleta que recebeu apoio da Sudesb pelo programa Bolsa Esporte e com a concessão de transporte terrestre e aéreo para competições na sua trajetória esportiva. Ulan também ficou em segundo lugar na elite masculino da variação XCC.
Brasileiro de XCO
Além deles, outros ciclistas tiveram os louros de bons resultados na competição nacional também com a concessão de transporte por meio da autarquia estadual. De olho no futuro, as categorias de base trazem boas expectativas de novos talentos. Lorenzo Souza ficou em terceiro lugar na categoria infanto juvenil masculino.
Thales Machado também foi consagrado campeão brasileiro de XCO na categoria sub-30 masculino, com direito a mais um baiano entre os cinco primeiros: Rômulo Brito. Já no sub-23 feminino, Ana Laura Oliveira ficou em terceiro lugar. Mas, a baiana chamou a atenção pela conquista da prova na variação XCE feminino mais um quinto lugar na variação XCC da elite feminina.
A força feminina foi, inclusive, um dos destaques da prova. Na categoria junior feminina, Anna Vitória, que já foi contemplada pelo programa FazAtleta do Governo do Estado, ficou em segundo lugar. Completando a lista, Lara Laviny dos Santos ficou na quarta colocação nas disputas do juvenil feminino.
Nas categorias mais elevadas também tiveram bons resultados: Ada Gomes Pires conquistou a segunda colocação na categoria master C2 feminina; Divonei foi terceiro lugar na categoria master B1 masculina; Dorival de Abreu também subiu ao pódio com o terceiro lugar na D1 masculina; e Antônio de Jesus foi quinto na master C2 masculina;
Fonte: Ascom/Sudesb
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