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Justiça Federal iniciará nesta terça julgamento para definir se assassinos de Bruno e Dom vão a júri popular

Decisão de levar o caso ao tribunal foi tomada pelo juiz Wendelson Pereira Pessoa, da Justiça Federal de Tabatinga (AM), mas a defesa recorreu

ALICE VERGUEIRO/ESTADÃO CONTEÚDOIndigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips foram mortos em 2022

O Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) iniciará, nesta terça-feira (17) o julgamento sobre a possibilidade de levar a júri popular Amarildo da Costa Oliveira, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira. Eles são acusados do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, ocorridos em 2022. A decisão de levar o caso ao tribunal foi tomada pelo juiz Wendelson Pereira Pessoa, da Justiça Federal de Tabatinga (AM), mas a defesa recorreu, e agora os desembargadores da Quarta Turma do TRF-1 analisarão a situação. Os assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips aconteceram em junho de 2022, na região do Vale do Javari. Após dez dias de buscas, os corpos foram encontrados, e a perícia revelou que as vítimas foram mortas a tiros, esquartejadas, queimadas e enterradas. Amarildo, conhecido como “Pelado”, confessou o crime e indicou o local onde os corpos estavam enterrados, o que resultou na prisão de seu irmão Oseney e de Jefferson Lima, apelidado de “Pelado da Dinha”.

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Em janeiro de 2023, a Polícia Federal identificou Rubem Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, como o mandante do crime. Villar está detido e é alvo de investigações por atividades ilegais, incluindo pesca clandestina, contrabando e tráfico de drogas. O motivo do assassinato estaria relacionado ao impacto que Bruno e Dom causavam nas operações de pesca ilegal na região. Além dos acusados, autoridades também estão sob investigação por possíveis falhas na fiscalização e na proteção dos indígenas no Vale do Javari. A Polícia Federal indiciou Marcelo Xavier, ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que ocupou o cargo durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Bruno Pereira, de 41 anos, era um especialista em povos isolados da Amazônia, enquanto Dom Phillips, de 57 anos, residia no Brasil desde 2007 e colaborava com o jornal britânico The Guardian.

Publicado por Sarah Américo

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Clique aqui

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