O Hospital Metropolitano, do Governo do Estado, oferece assistência continuada para pacientes vasculares mesmo após a alta. A maioria dos casos é em decorrência de lesões arteriovenosas ou causadas por complicações da diabetes. O serviço é realizado no ambulatório da unidade por uma enfermeira especialista em estomaterapia, que acompanha a evolução da cicatrização das feridas até que esteja completamente fechada.
A estomaterapia é um tratamento ambulatorial que auxilia na técnica cirúrgica e tem como objetivo promover a correta cicatrização das feridas de origem vascular. Por isso, o Hospital Metropolitano capacita os colaboradores para que a assistência desses casos complexos tenha uma verticalização na assistência de forma eficiente e segura, o que otimiza os resultados.
De acordo com a diretora-geral, Janille Reis, a saúde integral do paciente é um compromisso da unidade, que é gerida pela Santa Casa Ruy Barbosa, e isso inclui um acompanhamento pós-alta de excelência: “sabemos que o processo de recuperação não termina quando o paciente deixa o hospital. Especialmente, em casos de lesões vasculares graves. Por isso, decidimos investir nesse serviço especializado, que tem mostrado resultados extremamente positivos na qualidade de vida e na recuperação dos nossos pacientes”.
Para o médico vascular, Rodrigo Pamplona, é importante que a técnica de curativos assistidos seja disseminada: “é de extrema importância essa continuidade de atendimento no hospital, para poder acelerar a cicatrização. Nem sempre nos postos de saúde onde esses pacientes iriam fazer os curativos tem um profissional especialista no cuidado”.
Elza Lopes, 63 anos, que teve alta há quatro meses, após sete semanas de internação, é um exemplo de como a verticalização na assistência contribui para a rápida recuperação. Diabética, ela passou por um procedimento cirúrgico vascular, mas já está evoluindo para a plena cicatrização. “Ser acolhida no hospital, mesmo depois de ter sido liberada pelo médico para cuidar da ferida, foi fundamental. Recebi todas as orientações, de como fazer até qual tipo de curativo funcionaria melhor para o meu corte. Foi um diferencial em minha vida, e eu já estou quase totalmente recuperada”, destacou.
Elza ainda explicou que, logo no início, era a filha quem fazia os curativos nas semanas em que não comparecia ao ambulatório. Mas, com o passar do tempo, ela própria começou a fazer: “com a segurança que a enfermeira me passava, fui adquirindo confiança e agora sou eu mesma que faço. Não preciso mais esperar minha filha chegar do trabalho”.
O acompanhamento da estomaterapeuta inicia na enfermaria. Com o diagnóstico médico, ela define o tratamento tópico mais adequado para cada tipo de lesão. Além disso, a profissional ensina a fazer antissepsia correta e dá as orientações necessárias para que o paciente ou familiar possam fazer em casa. A depender do caso, é indicado retorno de uma a duas vezes no mês.
Segundo a enfermeira Adriana Leite, o tempo para a cicatrização varia de acordo com o diagnóstico primário e o tipo de lesão do paciente. “O cuidado em casa é extremamente importante para evitar infecções e prolongar o tratamento”, completou a estomaterapeuta.
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