Wallef César Oliveira Gonçalves, 27 anos, acusado de ter esfaqueado e matado a ex-noiva, de 22, em Belo Horizonte no dia 7 de agosto pode ser submetido a júri popular.
O juiz sumariante Bruno Sena Carmona, do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, aceitou a denúncia do Ministério Público contra Gonçalves. Ele vai responder pelo crime de homicídio com quatro qualificadoras: motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e contra mulher por razões de condição de sexo feminino em contexto de violência doméstica.
Além de manter a prisão preventiva, a Justiça autorizou ainda o acesso ao conteúdo dos aparelhos celulares apreendidos pela Polícia Civil de Minas Gerais, incluindo acesso às mensagens de WhatsApp, e-mail, messenger e demais aplicativos, além dos conteúdos apagados e ligações telefônicas.
A data do julgamento ainda não foi definida.
Segundo as investigações, a vítima e o suspeito mantinham um relacionamento de cerca de três anos e estavam com o casamento marcado para novembro deste ano. No entanto, ela teria decidido terminar o noivado devido ao elevado consumo de álcool feito pelo suspeito.
O término aconteceu três dias antes do crime. Desde aquele dia, segundo a polícia, o acusado tentava incessantemente fazer contato com a jovem. Com medo do ex-companheiro, a vítima saiu mais cedo do trabalho e pediu carona a um colega, que a deixou perto de um posto de combustíveis na avenida Presidente Antônio Carlos.
De acordo com as investigações, ao ver que o ex-noivo a seguia em uma motocicleta, a vítima decidiu conversar com ele, já que, por mensagens de celular, ele afirmava que apenas queria tratar de assunto relacionado com o apartamento que haviam comprado juntos. Como o local era de grande movimentação, a jovem acreditou estar segura.
As câmeras de segurança captaram o breve diálogo entre os dois e, em seguida, o momento em que a jovem percebe que o suspeito estava com um faca. Nesse momento, ele atinge a vítima, primeiramente, no pescoço, fazendo um corte profundo. O homem continuou a golpeá-la, e quando não foi possível mais utilizar a faca, pegou outra em seu bolso e continuou a agressão, com a jovem já caída no chão.
Em seguida, ainda sem capacete, o suspeito fugiu em uma moto por alguns quilômetros, quando foi preso em flagrante dentro do campus da UFMG por uma equipe da Polícia Militar.
As facas utilizadas e os telefones celulares foram apreendidos para perícia.
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