Um homem foi atingido no olho por uma bola de gel após uma confusão, no Jardim São Luis, na zona Sul de São Paulo, nesta terça-feira (10). Um grupo se reuniu para “brincar” com pistolas falsas que disparam bolas em gel e 18 pessoas foram detidas.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), seis detidos são menores de idade. A Polícia Militar foi acionada para dispersar a briga e assim que notaram a viatura, diversas pessoas que estavam com as armas de brinquedo tentaram fugir.
De acordo com o relato da vítima, de 20 anos, o grupo realizou diversos disparos contra um estabelecimento comercial e uma pessoa acabou sendo atingida no olho. Todas as pessoas do grupo foram contidas, afirmou a SSP.
Em nota, a SSP relatou ainda que um dos suspeitos ainda teria brigado com o homem, além de ter ameaçado o seu colega, o que deu início à confusão. Os dois precisaram de atendimento médico.
Todos os envolvidos foram encaminhados à delegacia e os menores de idade estavam acompanhados de seus responsáveis. Eles afirmaram que “brincavam” quando os dois jovens que estavam no estabelecimento comercial causaram uma briga e, por isso, teriam reagido.
A Secretaria de Segurança Pública informou que, devido à versão conflitante das duas partes, as equipes apreenderam as imagens de câmera de segurança para realizar a análise e os envolvidos foram liberados. Dez armas de brinquedo foram apreendidas.
O boletim de ocorrência foi registrado como lesão corporal e ameaça no 11° Distrito Policial, em Santo Amaro, que segue com as investigações para apurar as responsabilidades.
Preocupação das autoridades
A Polícia Militar constatou que está disseminado o uso de armas de brinquedo que disparam bolas de gel, e alerta para o perigo do uso desse brinquedo. Essa não é a primeira vez que o uso de armas que disparam bolas em gel causa confusão.
Um homem de 20 anos foi detido no Jardim Miriam, na zona sul da capital paulista, no final do mês de agosto após apontar uma arma de brinquedo a policiais militares.
“Esse tipo de brincadeira pode ensejar vários problemas, desde acidente de trânsito, ferimentos e até um mal-entendido. Quem vê pode pensar que é um arrastão, por exemplo”, explicou o capitão Felipe Neves, do Centro de Comunicação Social da Polícia Militar de São Paulo.
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