A ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira avaliou, em entrevista à CNN, que o modelo de governança climática adotado pelo governo não está se mostrando suficiente para as necessidades do país e da crise ambiental.
“Me parece que o modelo de governança climática estabelecido pelo governo se mostra e se revela absolutamente insuficiente para lidar com a gestão de crise, que estamos vivendo, e para lidar com a emergência climática”, disse.
Para a ex-ministra, é preciso construir condições políticas, econômicas, tecnológicas e sociais, além de convocar a sociedade para que as mudanças, de fato, se concretizem. “Não vi isso acontecendo no governo. Pelo contrário, se perpetua uma polarização”, acrescentou.
Teixeira destacou ainda a importância do diálogo entre o Executivo, o Congresso e os governantes dos estados. A ex-ministra defende que essa relação seja perene e não somente “em meio a crises”.
“É preciso inovar o modelo de governança climática e entender as dificuldades que o país tem para fazer essa transição”, afirmou.
O alerta feito pela ex-ministra ocorre no momento em que o país atravessa uma de suas maiores secas. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 100 cidades brasileiras estão há pelo menos três meses sem chuvas.
O longo período de calor e a baixa umidade também contribui para a onda de incêndios que afeta o país, com maior intensidade, desde o mês passado.
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima que 11,2 milhões de pessoas já foram diretamente afetadas por incêndios florestais nas cidades brasileiras desde o início deste ano.
Os números constam de levantamento feito pela entidade, que calcula os prejuízos econômicos com as queimadas em R$ 1,1 bilhão.
Segundo o dado mais recente, 538 municípios já decretaram situação de emergência por conta dos incêndios.
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Lago do Aleixo quase seco, deixando barcos e flutuantes encalhados, durante a maior seca, em 121 anos, que Manaus vem sofrendo. • Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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Lago do Aleixo quase seco, deixando barcos e flutuantes encalhados, durante a maior seca, em 121 anos, que Manaus vem sofrendo. • Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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Lago do Aleixo quase seco, deixando barcos e flutuantes encalhados, durante a maior seca, em 121 anos, que Manaus vem sofrendo. • Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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Lago do Aleixo quase seco, deixando barcos e flutuantes encalhados, durante a maior seca, em 121 anos, que Manaus vem sofrendo. • Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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Lago do Aleixo com barcos e flutuantes encalhados, na maior seca em 121 anos que Manaus vem sofrendo. • Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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Embarcações e Flutuantes encalhados na comunidade de Nossa Senhora de Fátima, devido ao nível baixo do rio Igarapé Tarumã-açu, na maior seca em 121 anos que Manaus vem sofrendo. • Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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Embarcações e Flutuantes encalhados na comunidade de Nossa Senhora de Fátima, devido ao nível baixo do rio Igarapé Tarumã-açu, na maior seca em 121 anos que Manaus vem sofrendo. • Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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Embarcações e Flutuantes encalhados na comunidade de Nossa Senhora de Fátima, devido ao nível baixo do rio Igarapé Tarumã-açu, na maior seca em 121 anos que Manaus vem sofrendo. • Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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Chão rachado devido ao nível baixo do rio Igarapé Tarumã-açu, na maior seca em 121 anos que Manaus vem sofrendo. • Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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Seca no Amazonas. • Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
“O crescimento é alarmante quando é feita a comparação com o ano passado, com 3.800 pessoas afetadas e apenas 23 municípios tendo decretado situação de emergência”, disse a CNM.
O aumento das queimadas no Cerrado também entra para a lista de dados que mostram a dimensão dos impactos.
As savanas do Cerrado, na região central do país, tiveram um aumento de 221% na área queimada em agosto deste ano, com mais de 1,2 milhão de hectares atingidos, o que equivale a mais de duas vezes o tamanho do Distrito Federal.
E a perspectiva para os próximos meses é de que a seca deve continuar e seguir afetando os níveis dos reservatórios do Brasil.
Um levantamento feito pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), apontou que os níveis tendem a despencar até dezembro deste ano.
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