Governador do MS detalha à CNN ações contra incêndios no Pantanal

Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (17), o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB-MS), detalhou as ações em curso para combater os incêndios no Pantanal, bioma atingido por um alto nível de seca no estado.

Segundo Riedel, o governo estadual vinha se preparando desde janeiro para a temporada de incêndios florestais deste ano, prevendo as condições climáticas adversas. “Todos os indicadores climáticos e de nível de água, não só no Pantanal, mas no Mato Grosso do Sul por inteiro, vinham prevendo e está acontecendo aquilo que nós prevemos por conta do alto nível de seca que a gente tem enfrentado”, afirmou.

Esforços conjuntos

O governador ressaltou que o combate aos incêndios demanda esforços conjuntos de diversos atores, não apenas do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. “É uma missão de todos, achar que o corpo de bombeiro sozinho, que a Defesa Civil vai conseguir [apagar os incêndios], a gente vê isso de tempos em tempos na Califórnia, em Portugal, na Austrália, são situações climáticas extremas que levam a isso”, disse.

Riedel destacou a colaboração do setor privado, com produtores rurais com maquinário e equipamentos, de comunidades ribeirinhas e ONGs que atuam na região. Além disso, o governo federal está mobilizado para auxiliar no combate aos incêndios, com apoio da Marinha e do Exército Brasileiro.

Situação atual e comparativo com 2020

Atualmente, o Pantanal tem cerca de 350 mil hectares queimados, mas o governador destacou que, em 2020, ano com condições climáticas semelhantes, 3,5 milhões de hectares foram consumidos pelas chamas até o final da temporada. “Vamos trabalhar muito com todas as nossas forças para não deixar chegar nesses índices que foram tão agressivos para o bioma como naquela época”, afirmou Riedel.

O governador ainda mencionou que as origens dos focos de incêndio são diversas, desde acidentes até ações criminosas, mas ressaltou que a principal causa é a condição climática de seca extrema no estado.

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(Publicado por Raphael Bueno, da CNN Brasil)