O governador do Amazonas, Wilson Lima (União), alertou em entrevista ao CNN 360° sobre o agravamento da seca no estado, destacando que a estiagem se antecipou em 30 dias em relação ao esperado para 2024.
O cenário atual aponta para o período de estiagem mais severo em duas décadas na Amazônia.
Lima ressaltou que desde o início do ano, um comitê de acompanhamento da estiagem já estava em ação, prevendo a situação crítica.
“Nós já começamos a fazer contato com a indústria, com o comércio, com aquelas instituições e empresas que tratam de serviços essenciais”, afirmou o governador.
Três grandes desafios
O governador apontou três problemas principais decorrentes da seca:
- Questão humanitária: Algumas comunidades já enfrentam dificuldades de acesso a alimentos e água potável.
- Navegação comprometida: Especialmente no Alto Solimões, com trechos já afetados, como nos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant, na fronteira com Colômbia e Peru.
- Aumento das queimadas: O período prolongado sem chuvas favorece a ocorrência mais frequente de incêndios.
Medidas de enfrentamento
Lima detalhou algumas ações em andamento para mitigar os impactos da seca, como o envio previsto de 130 mil cestas básicas para o interior, das quais 30 mil já estão em distribuição. Além disso, está em curso a implementação de microssistemas de abastecimento de água para as áreas mais afetadas.
Outras medidas incluem a dragagem dos rios, em parceria com o governo federal através do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), com expectativa de início em setembro. Para combater as queimadas, foi mobilizado um contingente de 400 homens, sendo 300 do governo estadual e 100 do governo federal.
O reconhecimento do estado de emergência em mais de 50 municípios da região Norte pelo governo federal evidencia a gravidade da situação.
As condições climáticas extremas têm levado a uma mobilização conjunta das esferas governamentais para enfrentar os desafios impostos pela seca na Amazônia.
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