Segundo a pesquisa, foram 46.563 aparelhos roubados no ano passado, em comparação com 42.230 em 2023, representando um aumento de 10,3%. Em números absolutos, a Bahia só fica atrás de São Paulo, que registrou 137.891 roubos no mesmo período. O Censo Demográfico do IBGE de 2022 mostrou que a Bahia tinha pouco mais de 14 milhões de habitantes, enquanto São Paulo tinha 44 milhões.
O Anuário também registrou que 27.344 celulares foram furtados na Bahia, um aumento de 29,7% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 21.081 furtos. Esse crescimento foi o terceiro maior do país, perdendo apenas para Pernambuco (43,5%) e Maranhão (40,7%).
O roubo envolve a subtração de bens com uso de violência, enquanto o furto ocorre sem violência ou ameaças. Somando os dois tipos de crimes, a Bahia teve 73.907 ocorrências no ano passado, contra 63.311 no ano anterior, um aumento de 16,7%. Em contrapartida, o Brasil teve uma redução nos roubos e furtos de celulares, passando de 983.676 em 2022 para 937.294 em 2023, uma queda de 4,7%.
Pela primeira vez, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública incluiu dados sobre furtos e roubos de celulares por município. Segundo a pesquisa, a Bahia tem duas cidades entre as 10 com mais registros desses crimes.
Salvador ocupa o 4º lugar, com 1.716,6 crimes por 100 mil habitantes, seguida por Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), com 1.695,8 crimes. O ranking é liderado por Manaus (2.096,3), Teresina (1.866) e São Paulo (1.781,6).
A Bahia foi o terceiro estado com mais cadastros no programa Celular Seguro, uma iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) criada em dezembro de 2023, que permite o bloqueio de linhas, dispositivos e aplicativos em caso de furto, roubo ou perda, reduzindo o risco de golpes.
Até esta segunda-feira (29), mais de 2,1 milhões de pessoas utilizam a plataforma, e cerca de 66,5 mil alertas de bloqueio foram realizados em todo o país. Desses, 5.634 alertas vieram da Bahia, ficando atrás de São Paulo (19.263) e Rio de Janeiro (9.624).
O acesso ao Celular Seguro pode ser feito pelo site gov.br, pelo navegador de internet ou pelo aplicativo disponível na Play Store (Android) e App Store (iOS/iPhone).
Após o registro de furto, roubo ou perda, os bancos e instituições financeiras que participam do projeto bloqueiam as contas. O procedimento e o tempo de bloqueio variam por empresa e estão detalhados nos termos de uso do site e do aplicativo. O bloqueio dos aparelhos celulares segue as mesmas regras.
Até agora, além da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 13 instituições aderiram ao programa: Nubank, Pan, Inter, Sicoob, Caixa, BTG Pactual, XP Investimentos, Santander, Safra, Banco do Brasil, Itaú, Sicredi e Bradesco.
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