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Festa de Santa Bárbara nesta quarta (4) marca início do ciclo de festas populares de Salvador – Secretaria de Comunicação

Foto: Bruno Concha/Secom PMS

Tradição na Bahia, as festas populares em Salvador transcendem o sentido religioso e mesclam o sagrado e o profano. São manifestações culturais riquíssimas, repletas de história e significados, que atravessam décadas e até mesmo séculos. Os festejos acontecem por toda a cidade e têm um calendário extenso que só encerra em março, na Quarta-feira de Cinzas, após o Carnaval. O pontapé será nesta quarta-feira (4) com as comemorações em homenagem a Santa Bárbara.

Em reverência à santa, padroeira do Corpo de Bombeiros, e conhecida pelos seguidores do candomblé como Iansã, as ladeiras e largos do Pelourinho serão tomados por devotos que se reúnem para render homenagens. Após a alvorada de fogos, às 6h, acontece o Salva Clarins (pessoas que tocam clarins para homenagear a santa), às 7h. De acordo com a Arquidiocese de Salvador, a missa festiva campal será em frente à Igreja, às 8h, sob a presidência do capelão, cônego Lázaro Muniz.

Encerrada a celebração eucarística, os devotos e fiéis realizam procissão, que sairá da Igreja do Rosário dos Pretos, passará pelas ruas Gregório de Mattos, João de Deus, Terreiro de Jesus, Praça da Sé e Ladeira da Praça. Ao chegarem ao Corpo de Bombeiros, na Barroquinha, os devotos farão uma parada para homenagear a padroeira da corporação e, logo após, seguirão para a Baixa dos Sapateiros, Rua Padre Agostinho e Pelourinho até retornar à igreja. Nas praças e mercados do Centro Histórico, é servido o tradicional caruru.

O subsecretário municipal de Cultura e Turismo (Secult), Walter Júnior, afirma que as festividades fazem parte da história de Salvador e, por isso, a importância de preservar todos os rituais que envolvem os festejos. “As festas populares são um verdadeiro patrimônio cultural mantidas por entidades religiosas ou sociais e representam um importante ativo que diferenciam Salvador. Os ritos, as celebrações e a fé movem multidões e reforçam nossa identidade. A Secult fomenta e apoia esse calendário como estratégia de preservação das tradições e promoção do turismo na nossa cidade”, pontuou.

Dezembro – A primeira quinzena de dezembro segue com a homenagem à Nossa Senhora da Conceição da Praia (8). Na ocasião, a Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, localizada no bairro do Comércio, recebe a população para celebrar uma homenagem à padroeira da Bahia, sendo a festa religiosa mais antiga do Brasil.  Reverenciada também pelos adeptos do candomblé, no sincretismo religioso a santa é Oxum, orixá das águas doces. Além disso, alguns artistas promovem eventos, reunindo grande público em torno do lado profano da festa.

No dia dedicado à Santa Luzia, 13 de dezembro, a Igreja Nossa Senhora do Pilar e Santa Luzia, localizada no bairro do Comércio, celebra a padroeira. A programação terá início com a alvorada, às 5h, seguida de missas às 6h, às 8h, às 10h, às 15h e às 17h. Por volta das 11h30 terá início a tradicional procissão com a imagem da santa, que percorrerá as principais ruas bairro.

Janeiro – Abrindo a programação em janeiro, a festa da Boa Viagem e Bom Jesus dos Navegantes começa dia 31 e se encerra dia 1º.  Ainda no começo do mês, o bairro da Lapinha sedia eventos que marcam as comemorações do Terno de Reis. Missas, apresentações e samba de roda contemplam a programação. Os ternos se apresentam nas noites dos dias 5 e 6 de janeiro, no Largo da Lapinha.

Uma das festas mais esperadas no calendário popular, a Lavagem do Bonfim vai celebrar os 280 anos da chegada da imagem de Senhor do Bonfim, no dia 16 de janeiro de 2025. Já a Festa do Senhor do Bonfim será dia 19. As datas, juntamente com outras novidades, foram confirmadas pelo reitor da basílica, padre Edson Menezes. Para o próximo ano, o tema será o “Encharque o Coração de Esperança”, em referência ao Ano Jubilar de Esperança.

As festividades em janeiro se encerram com a homenagem a São Lázaro, realizada todo ano no último domingo de janeiro, que em 2025 será dia 26. Esta celebração é uma das tradições compartilhadas nas diversas regiões do Engenho Velho da Federação e Federação. A missa em homenagem ao santo católico, segundo padroeiro da Igreja de São Lázaro, é de origem católica, mas é forte a participação do candomblé, que homenageia Omolu com lavagem da escadaria da Igreja de São Lázaro, velas acesas e banho de pipoca.

A programação inclui missas às 7h e 11h e, às 17h, a Benção do Santíssimo, todas celebradas no Santuário de São Lázaro e São Roque. À tarde, a missa solene é seguida de uma procissão que sai com a imagem do santo até o Campo Santo e retorna à igreja, como é feita tradicionalmente todos os anos.

Fevereiro – O mês já começa marcado pelas saudações à Iemanjá. No dia 2 fevereiro, no bairro do Rio Vermelho, a Rainha do Mar é protagonista da maior festa dedicada a um orixá na Bahia. Já a Lavagem de Itapuã é comemorada na quinta-feira antes do início do Carnaval, no dia 20. A festa é feita por baianas vestidas a caráter, que levam potes de cerâmica com flores e água de cheiro que lavam a escadaria da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Itapuã. À tarde é a vez dos blocos de chão fazerem a festa.

Um dos mais esperados por soteropolitanos e turistas é o Carnaval de Salvador, que em 2025 acontece oficialmente entre os dias 27 de março e 5 de março, na Quarta-feira de Cinzas. O pré-Carnaval com os projetos Fuzuê e Furdunço estão previstos para acontecer nos dias 22 e 23 de fevereiro, no Circuito Orlando Tapajós, na Barra.

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