Em entrevista à CNN Brasil, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, abordou a questão das queimadas no Brasil, destacando as ações do governo federal para combater esse problema ambiental.
Marina Silva enfatizou que o governo está intensificando as punições contra os responsáveis por incêndios criminosos. “Estamos agravando as punições aos criminosos”, afirmou a ministra, demonstrando uma postura mais rigorosa do governo em relação aos crimes ambientais.
A ministra ressaltou os progressos alcançados na luta contra o desmatamento em diversos biomas brasileiros. “Já está caindo no cerrado, cinco meses consecutivos de queda do desmatamento no cerrado, depois de lançarmos o plano de combate ao desmatamento no cerrado, queda de mais de 25% na Mata Atlântica”, destacou Silva.
Além disso, ela mencionou que o governo está trabalhando em planos de combate ao desmatamento para outros biomas, como a Caatinga e o Pampa, demonstrando uma abordagem abrangente para a proteção ambiental em todo o território nacional.
Marina Silva reafirmou o compromisso do presidente Lula com o desmatamento zero e anunciou que o Brasil apresentará metas ambiciosas de redução de CO2 nas Nações Unidas ainda este ano. “Serão metas ambiciosas de redução de CO2, é o que vai fazer a diferença para que a gente possa reequilibrar a temperatura da terra”, explicou.
A ministra também abordou a complexidade do desafio climático, alertando que mesmo com esforços globais imediatos, os resultados só seriam perceptíveis após décadas. “Se você perguntar para um cientista se fizermos 100% do dever de casa agora, todos os 195 países do mundo, o que vai acontecer é que vamos ter que esperar pelo menos de três a quatro décadas para que o clima possa voltar ao que era antes”, pontuou.
Silva chamou a atenção para a grave situação dos rios na Amazônia, que estão enfrentando uma seca sem precedentes. “Nós estamos nesse momento com rios na Amazônia completamente secos, cerca de 13 a 14 metros de rio”, alertou, ressaltando que esse problema é resultado de décadas de negligência com as questões ambientais.
A ministra concluiu enfatizando a importância de ações globais coordenadas para enfrentar a crise climática, destacando a necessidade de redução das emissões de CO2 provenientes de combustíveis fósseis e a importância das próximas conferências climáticas, incluindo a COP30, que será realizada em Belém.
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