A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) iniciou um processo de bloqueio em larga escala de sites de apostas ilegais no Brasil.
Em entrevista ao CNN 360° nesta terça-feira (15), o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, revelou detalhes dessa operação.
Segundo Baigorri, o trabalho de bloqueio das “bets” começou na última sexta-feira (11) após a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda encaminhar à Anatel uma lista de plataformas não autorizadas a operar no país.
“Uma vez recebida essa lista, nós iniciamos o processo de notificação das quase 20 mil empresas de telecomunicações no Brasil que têm outorga da Agência Nacional de Telecomunicações para prestar o serviço de acesso à internet”, explicou.
Desafio técnico e operacional
O presidente da Anatel ressaltou que a escala dessa operação é muito superior ao recente bloqueio da plataforma X (antigo Twitter) no Brasil.
“Ali a gente estava falando de uma plataforma só, de um site, de um domínio. Agora a gente está falando de 2.040, aproximadamente, sites de bets”, comparou Baigorri.
A complexidade da operação não se resume apenas ao número de sites. Baigorri alertou que é natural que empresas irregulares busquem subterfúgios para burlar o bloqueio.
“Parte desse trabalho contínuo é justamente monitorar essas burlas, identificar como elas estão acontecendo e tomar as medidas cabíveis para garantir que o bloqueio seja efetivo”, afirmou.
Trabalho contínuo e coordenado
O presidente da Anatel enfatizou que este será um trabalho contínuo, realizado em estreita coordenação com o Ministério da Fazenda.
“É um processo reiterado de identificação de domínios irregulares e bloqueio de domínios irregulares que vai ser feito de forma coordenada entre o Ministério da Fazenda e a Agência Nacional de Telecomunicações”, explicou.
Baigorri também esclareceu que a Anatel não faz a gestão dos domínios, apenas recebe a lista do Ministério da Fazenda e determina às empresas de telecomunicações que efetuem o bloqueio.
Isso significa que o trabalho de monitoramento e atualização da lista de sites irregulares ficará a cargo do Ministério da Fazenda, enquanto a Anatel se encarregará da execução técnica do bloqueio.
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