O balão que arrastou uma motocicleta até a parte superior de um poste tinha 75 metros de altura, de acordo com publicações no Facebook de grupos de baloeiros que acompanharam a soltura. A queda ocorreu na região do Aricanduva, bairro na Zona Leste da capital paulista, na madrugada desta na nesta segunda-feira (22).
A imagens nas redes sociais ainda mostram que mais de 10 botijões de gás foram usados para encher o balão na noite de domingo (21). Fogos de artifício foram carregados pelo balão. A estrutura da tocha precisou ser carregada por diversos homens.
Grupos de baloeiros intitulados “Sandu Mosaico” e “Balão Mágico & Domínio” foram apontados como os responsáveis pelo balão.
Além de arrastar a moto, a queda provocou corte de energia elétrica em parte da região, de acordo a Enel Distribuição São Paulo.
Os responsáveis pela soltura do balão ainda não foram identificados e podem ser condenados a até três anos de prisão. A prática de soltar balões é crime e está previsto no art. 261 do Código Penal. A atividade também foi descrita na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98).
O proprietário da motocicleta, Kauê Ribeiro (20), relatou que o incidente ocorreu por volta de 3h30 da madrugada.
Ele contou à CNN que o balão passou por sua casa e uma das cordas que carregava os carrosséis de fogos acabou se enroscando na motocicleta, e bateu no carro da mãe do motociclista, que capotou, atingindo, por sua vez, o automóvel de um vizinho.
A CNN conversou com o professor de física, Marcelo Soares Rubinho, que explicou, do ponto de vista físico, como esse fato inusitado pode ter acontecido.
“Muito provavelmente o ar dentro do balão deve ter esfriado, e ele desceu. Isso acontece momentaneamente, mas em outro ponto pode encontrar uma posição que facilitou o aquecimento, e ele subiu novamente”, explica
Os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, na Grande São Paulo, registraram 30 ocorrências envolvendo balões nas áreas aeroportuárias somente neste ano.
De acordo com a concessionária GRU Airport, 20 balões foram recolhidos entre janeiro e julho deste ano no espaço pertencente ao maior aeroporto da América Latina. Desses, dez caíram somente nos meses de junho e julho. Em todo o ano passado, foram 26 registros, sendo 12 entre junho e julho, que é o período de maior incidência.
Já o aeroporto de Congonhas, na capital paulista, registrou dez ocorrências envolvendo balões em 2024, segundo dados da concessionária Aena Brasil. O número é 50% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o terminal ainda era gerido pela Infraero.
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