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Após tragédia, mineração volta a operar em Mariana com novo sistema de rejeitos

Mais de 400 cidades mineiras convivem diretamente com a mineração, uma das principais atividades econômicas do estado. Uma dessas cidades é Mariana, profundamente marcada pelo rompimento da barragem do Fundão da mineradora Samarco em 2015.

Nove anos após o desastre, a reconstrução das áreas afetadas passa pela recuperação da própria empresa responsável pelo rompimento. A Samarco, que ficou paralisada durante cinco anos, voltou a operar no final de 2020 e hoje trabalha com 30% de sua capacidade de produção.

Novo sistema de rejeitos

A mineradora busca soluções para retomar a produção com mais segurança. Agora, todo o rejeito é filtrado e depositado de forma seca em pilhas de deposição, em vez de ser enviado para barragens.

“A gente modificou o nosso processo produtivo para que todo o rejeito, ele seja filtrado e depositado de forma seca das pilhas de deposições de rejeito”, explica um funcionário da Samarco.

Impacto econômico e ambiental

O rompimento da barragem do Fundão teve um impacto econômico e ambiental enorme na região. De acordo com a FGV, cerca de dois milhões de pessoas foram afetadas, 19 perderam a vida e o meio ambiente foi severamente danificado.

“Foi um impacto enorme que a gente causou diretamente e indiretamente na economia de Ouro Preto, Mariana, Anchieta e Guarapari”, reconhece o funcionário.

Monitoramento e fiscalização

Após o acidente, houve grandes mudanças no monitoramento e fiscalização das atividades de mineração. A Samarco conta agora com uma sala de controle que monitora todo o processo da mineradora desde Minas Gerais até o Espírito Santo.

Autoridades também reconhecem a necessidade de aperfeiçoar a relação federativa e as responsabilidades compartilhadas em torno dessa indústria de risco. A meta da Samarco é aumentar sua capacidade de produção para 60% no próximo ano e chegar a 100% em 2028.

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