O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), emergiu como uma nova força política nas eleições municipais de 2024, superando a influência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na atração de votos para o prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB). Esta é a avaliação da analista da CNN Basília Rodrigues, que destaca o surgimento do fenômeno denominado “Tarcisismo”.
Segundo a analista, a vitória de Ricardo Nunes na prefeitura de São Paulo pode ser atribuída, em grande parte, ao apoio de Tarcísio de Freitas.
“Em meio a puxadores de votos clássicos, como Lula e Bolsonaro, surge esta força do ‘Tarcisismo””, afirma Basília, ressaltando a crescente influência do governador paulista no cenário político.
Tarcísio: De técnico a líder político
A trajetória de Tarcísio de Freitas é marcada por uma rápida ascensão política. Inicialmente apresentando-se como um técnico sem ambições políticas durante sua atuação como ministro em Brasília, Tarcísio superou essa barreira ao concorrer e vencer as eleições para o governo do estado mais populoso do Brasil.
O desempenho de Tarcísio nas eleições de 2024 é considerado ainda mais significativo do que em 2022, quando sua candidatura era fortemente associada a Bolsonaro.
Agora, o governador demonstra capacidade de transferir votos por conta própria, consolidando-se como uma liderança independente.
Impacto nas eleições presidenciais de 2026
O sucesso de Tarcísio nas urnas paulistanas levanta especulações sobre seu futuro político.
Analistas e aliados já consideram a possibilidade de uma candidatura presidencial em 2026, colocando o governador em potencial confronto com o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Enquanto isso, o desempenho do candidato apoiado por Lula em São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), ficou aquém das expectativas do PT, que havia priorizado a disputa na capital paulista.
O resultado evidencia um descompasso entre o discurso e a realidade na capacidade de transferência de votos do presidente na capital paulista.
O fenômeno do “Tarcisismo” representa uma nova configuração no campo da direita e do centro moderado, potencialmente redesenhando as alianças e estratégias para as próximas disputas eleitorais no país.
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