Para marcar o 1º de maio, Dia do Trabalhador, a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) apresenta um compilado dos principais dados da conjuntura recente do mercado de trabalho baiano, tendo por base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os principais pontos positivos, o texto destaca a melhora da taxa anual de desemprego na Bahia, que recuou pelo segundo ano consecutivo, atingindo 13,2% da população na força de trabalho e alcançando a menor taxa desde 2015 (quando havia sido de 11,3%).
O recuo da taxa anual de desemprego (de 15,1%, em 2022, para 13,2%, em 2023) incorporou uma vertente positiva, pois decorreu de dois movimentos favoráveis: o aumento do número de ocupados e o recuo do total de desocupados. A população ocupada baiana aumentou pelo terceiro ano seguido e chegou a 6,075 milhões em 2023, registrando o maior montante de trabalhadores dos últimos oito anos.
“No geral, sem desconsiderar a ocorrência de retrocessos pontuais, pode-se dizer que o trabalhador baiano teve motivos para celebrar em 2023. Em síntese, o mercado de trabalho local continuou em rota de progresso, absorvendo mão-de-obra e gerando renda ao longo do referido ano”, analisa o especialista em produção de informações da SEI, Luiz Fernando Lobo.
A equipe da SEI destaca, ainda, que o crescimento da ocupação de 2022 a 2023 se deu exclusivamente pelo aumento da formalidade, já que a informalidade decresceu de um ano ao outro – o que fez a taxa anual de informalidade passar de 54,5% para 53,7% no intervalo e atingir a segunda menor taxa de toda a série histórica. Vale reforçar que, em termos absolutos, a taxa anual de informalidade recuou mais na Bahia do que no país e no Nordeste na passagem de 2022 a 2023.
O número de desempregados caiu pelo segundo ano consecutivo em território baiano, totalizando 922 mil indivíduos em 2023, menor marca anual desde 2015, quando havia 816 mil desocupados. O rendimento médio real de todos os trabalhos na Bahia aumentou entre os anos em análise, passando de R$ 1.740 para R$ 1.865, e alcançou o maior valor desde o ano de 2020. Em termos relativos, o rendimento médio real cresceu mais na Bahia (+7,2%) do que no Nordeste como um todo (+5,4%).
A massa de rendimento real de todos os trabalhos aumentou pelo segundo ano consecutivo, contabilizando R$ 11,032 bilhões no estado em 2023 – o maior montante desde o ano de 2020. De 2022 a 2023, a ampliação da massa de rendimento real decorreu de dois movimentos positivos, já que houve aumento concomitante do rendimento médio real e da ocupação. Além disso, a variação relativa da massa de rendimento real da Bahia (+9,5%) se mostrou maior do que a da região nordestina como um todo (+8,8%) na passagem de 2022 a 2023.
“Tudo indica que os indicadores fundamentais do mercado de trabalho devem permanecer melhorando durante o ano de 2024 na Bahia e no Brasil, mas de forma relativamente mais comedida, já que há chances de materialização de um cenário marcado por um dinamismo um pouco menor do que o visto nos dois últimos anos”, avalia Luiz Lobo.
Fonte: Ascom/SEI
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