O novo secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, concedeu uma entrevista à CNN Brasil detalhando o funcionamento e as operações da organização internacional de polícia. Urquiza, recentemente eleito para o cargo, ofereceu insights sobre o papel crucial da Interpol no combate à criminalidade transnacional.
Segundo Urquiza, a Interpol, fundada há 101 anos, tem como missão principal conectar as polícias de todo o mundo. “É uma organização essencial para o trabalho de combate aos crimes transnacionais, aqueles crimes que envolvem mais de um país”, explicou o secretário-geral.
Atividades e Bancos de Dados
A Interpol desenvolve diversas atividades para cumprir sua missão. Urquiza destacou a manutenção de vários bancos de dados cruciais para a troca de informações entre as polícias globais. Além disso, a organização coordena operações policiais internacionais e trabalha na formação e desenvolvimento das forças policiais em todo o mundo.
Sistema de Difusão Vermelha
Um dos aspectos mais conhecidos da Interpol é o sistema de difusão vermelha, um dos 19 bancos de dados mantidos pela organização. Urquiza explicou que este sistema armazena informações sobre foragidos internacionais. “São pessoas que têm uma ordem judicial de captura de prisão e que possam estar localizados em outro país diferente daquele que emitiu essa ordem de prisão”, detalhou.
O secretário-geral ressaltou que, através dessa ferramenta, os países conseguem trocar informações e realizar buscas automáticas, cruzando dados com bancos locais. O objetivo é localizar fugitivos e levá-los para responder pelos crimes nos países de origem.
Respeito à Soberania
Urquiza fez questão de enfatizar que a Interpol, como organismo internacional, respeita a soberania de cada um dos seus 196 países membros. “Ela não tem uma ingerência na polícia local, é um trabalho sempre de apoio, trabalho de coordenação”, afirmou.
A entrevista de Valdecy Urquiza à CNN Brasil lança luz sobre o funcionamento interno da Interpol, destacando seu papel crucial na cooperação policial internacional e no combate ao crime transfronteiriço. Com sua vasta rede de países membros, a Interpol continua sendo uma peça fundamental no quebra-cabeça da segurança global.
Confira a entrevista na íntegra
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