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Influencer é alvo da polícia em MG por envolvimento com jogos de azar e rifas

Um influenciadora digital de 25 anos –que não teve o nome divulgado– foi alvo de uma operação realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais na última terça-feira (22) em Belo Horizonte. Ela é investigada por promoção de jogos de azar e rifas, que eram divulgados no perfil da investigada nas redes sociais, onde ela possui aproximadamente 214 mil seguidores.

Durante a operação os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na residência da mulher, onde apreenderam veículos, joias e outros bens de luxo.

Segundo a polícia, as investigações começaram em julho deste ano, após denúncias de que a suspeita estaria divulgando jogos de azar e promovendo rifas em seu nome, tendo como prêmio quantias em dinheiro e serviços médicos de estética.

Os levantamentos feitos pela equipe da 1ª Delegacia Especializada em Investigação de Crime Cibernético, pertencente ao Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes (Deccof) mostraram que a influenciadora obtinha lucro a partir da divulgação de plataformas de apostas on-line hospedadas no exterior e promovia rifas ilegalmente. Nas redes sociais, a investigada ainda ostentava bens luxuosos e viagens internacionais, evidenciando indícios dos crimes, além da lavagem de dinheiro.

O Relatório de Inteligência Financeira da suspeita, emitido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), apontou movimentações atípicas, em cerca de R$ 2 milhões, o que seria incompatível com a capacidade financeira da influenciadora.

Diante das informações levantadas nas investigações, o delegado Arthur Benício, titular da 1ª Delegacia Especializada em Investigação de Crime Cibernético, solicitou a expedição do mandado de busca e apreensão para a residência da investigada, o sequestro de um dos veículos e quebra do sigilo de dados telemáticos.

Segundo os agentes, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, a influenciadora teria confirmado que obteve os bens por meio da promoção de jogos de azar e rifas. Ela teria tentado esconder a localização de um automóvel e da moto aquática, informando que já haviam sido alienados e não estariam mais em sua posse. Durante as buscas, os policiais encontraram um dos veículos na garagem da residência e outro em uma oficina mecânica.

Ela teria afirmado que recebia cerca de R$ 40 mil por mês pelas atividades realizadas nas redes sociais. Metade seria oriunda das plataformas de jogos de azar, sem considerar o lucro obtido pelas rifas.

Ao fim da operação, os agentes apreenderam na residência um notebook; um tablet; três celulares, entre eles, um lacrado que seria rifado pela suspeita, uma bolsa e um casaco de marcas de luxo, joias, um simulacro de arma de fogo com carregador, uma carreta reboque, dois automóveis de luxo e uma moto aquática.

Segundo a polícia, todos os bens foram retidos e serão periciados. As investigações continuam.

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