Uma das principais iniciativas envolve a revisão da legislação atual, visando permitir o confisco de bens que estejam indiretamente associados a facções criminosas
O governo Lula, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), está elaborando novas propostas para enfrentar a infiltração do crime organizado no Brasil. Uma das principais iniciativas envolve a revisão da legislação atual, visando permitir o confisco de bens que estejam indiretamente associados a facções criminosas. Para isso, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) planeja formar um grupo de trabalho que desenvolverá um projeto de lei voltado para o combate à máfia, que será apresentado no Congresso.
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O novo projeto busca preencher lacunas deixadas pela Lei de Organizações Criminosas de 2013, especialmente em relação à crescente presença do crime organizado nas esferas pública e social. Especialistas sugerem a criação de um marco legal inspirado na legislação antimáfia da Itália, que poderia ser mais eficaz no enfrentamento da criminalidade contemporânea. Uma das propostas em discussão é a implementação de um mecanismo que facilite o confisco de ativos relacionados a atividades criminosas.
Essa medida permitiria ao Estado tomar posse de bens que, embora não estejam diretamente ligados a crimes, são utilizados por organizações criminosas, visando enfraquecer sua estrutura financeira. Além disso, o MJSP propõe o endurecimento das penas para práticas como a compra de votos, além de tornar a Lei da Ficha Limpa mais rigorosa. Essa ação é uma resposta à preocupação com a influência do crime organizado nas eleições.
O ministério também está desenvolvendo um projeto para recuperar áreas dominadas por grupos criminosos, com um experimento planejado em uma cidade do Nordeste. Para fortalecer a atuação no combate ao crime organizado, o MJSP criou a Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim).
Essa rede pretende integrar as polícias e facilitar o compartilhamento de informações entre as diferentes forças de segurança. Além disso, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) foi encaminhada para ampliar as competências da Polícia Federal, permitindo que a corporação realize operações ao nível interestadual e internacional.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Keller
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