O Brasil se destaca como um dos poucos países no mundo com uma ampla variedade de fontes de energia elétrica, segundo o analista de Clima e Meio Ambiente, Pedro Côrtes. Ele ressaltou a diversidade de soluções energéticas disponíveis no país.
“Nós temos a tradicional que é hidrelétrica, nós temos as termoelétricas que entraram principalmente com mais intensidade de operação pós-apagão, agora nós temos um crescimento muito grande da geração solar, da geração eólica, nós temos termoelétricas movidas à biomassa e investimentos intensivos estão sendo realizados em relação ao chamado hidrogênio do futuro”, explicou o analista.
Potencial para atração de indústrias
Côrtes destacou que essa diversidade de fontes energéticas é um potencial que deveria ser melhor explorado pelo país. Segundo ele, muitas indústrias buscam acesso a fontes limpas de energia para agregar valor aos seus produtos, podendo rotulá-los como “feito com 100% de energia renovável”.
O analista também abordou os desafios enfrentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico na gestão dessas diversas fontes para atender o consumo de um país de dimensões continentais. Apesar da complexidade, Côrtes afirmou que a capacidade de geração do Brasil vem crescendo ao longo dos últimos anos.
Preocupações com custos e impacto ambiental
Embora não se vislumbre uma crise energética semelhante ao apagão do passado, Côrtes alertou para a possibilidade de menor uso das hidrelétricas, fonte mais barata de energia, e consequente aumento no uso de termoelétricas. Esse cenário poderia resultar em contas de luz mais caras para os consumidores, além de maior impacto ambiental devido às emissões de gases de efeito estufa.
“Pode ser que a gente chegue na bandeira vermelha patamar dois e rezo para que a gente não chegue na bandeira de escassez hídrica que foi o que aconteceu na crise anterior, ou seja, vem conta de luz mais cara por aí”, advertiu o especialista.
O analista concluiu ressaltando a importância de se tomar as providências necessárias no momento atual para evitar problemas futuros no setor energético brasileiro.
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