O interior do estado de São Paulo enfrenta uma crise ambiental devido às queimadas que assolam a região.
O Vale do Paraíba, em particular, perdeu uma área equivalente a 372 campos de futebol do tamanho do Maracanã em incêndios recentes, transformando o que antes era verde em cinzas.
O cenário se repete em outras cidades da região. São Luís do Paraitinga (SP) perdeu 780 mil m² de vegetação e Bananal (SP) chegou perto de 1 milhão de m² queimados.
Impacto na qualidade do ar
A situação não se limita apenas à perda de vegetação. São Paulo atingiu a marca de 22 focos de incêndio ativos, um recorde desde meados de agosto.
Como consequência, a qualidade do ar na capital paulista atingiu níveis alarmantes, com o número de partículas no ar chegando a 10 vezes acima do normal, segundo estudos da Universidade de São Paulo (USP).
A gravidade da situação tornou São Paulo a cidade com o ar mais poluído do planeta e a única no mundo com ar insalubre para toda a sua população, de acordo com uma plataforma da agência suíça IQAir.
Ações criminosas e prejuízos
As autoridades expressam preocupação com a possibilidade de que muitos desses incêndios tenham sido provocados de forma criminosa.
O Capitão Campos, da Polícia Militar Ambiental, afirma: “Nossa maior preocupação é que 99% das vezes existem relatos de que aquele incêndio foi provocado”.
Ele incentiva a população a denunciar qualquer atividade suspeita.
Os prejuízos são imensuráveis, não apenas em termos financeiros, mas principalmente ambientais.
O musicista Renato Mateus, proprietário de terras em Paraibuna (SP), estima perdas de mais de R$ 60 mil apenas em infraestrutura, sem contar o dano à natureza, com a destruição de mais de 5 mil mudas em sua propriedade.
Medidas de combate e prevenção
O governo do estado tem recebido reforços no combate às chamas, incluindo voluntários, brigadistas e bombeiros da Força Nacional, convocados pelo governo federal para auxiliar nas operações por terra e ar.
Enquanto a cortina de fumaça persiste sobre o estado, as autoridades de saúde recomendam que a população mantenha as janelas fechadas e priorize a hidratação para minimizar os danos causados pela poluição do ar.
A situação permanece crítica, demandando atenção contínua e ações efetivas para conter os incêndios e preservar o meio ambiente paulista.
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