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Enem 2023: Estudantes de todo o país participam do 1º dia de provas; veja cronograma

Estudantes realizam, na tarde deste domingo (5), o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o maior vestibular do Brasil e porta de entrada para instituições de ensino superior nacionais e internacionais. Os portões foram fechados às 13h, e a prova começou às 13h30.

Neste primeiro dia de exame, os participantes terão 5 horas e 30 minutos para assinalar as questões e para redigir uma redação.

Já no segundo dia, 12 de novembro, os candidatos devem finalizar a resolução das questões em 5 horas.

Mais de 3,9 milhões de pessoas estão inscritas no Enem 2023, segundo o Ministério da Educação (MEC), uma retomada do aumento no número de participantes em relação aos dois últimos anos – 13,1% em relação a 2022, e 14,2% em relação a 2021, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Em 2019, o MEC anunciou que o Enem disponibilizaria provas digitais, para que os candidatos pudessem optar por realizar o exame online. Essa modalidade teve sua última edição em 2022 e foi cancelada no ano seguinte. Atualmente, o modelo de prova é 100% presencial.

Primeiro dia de prova

A prova do Enem divide seu conteúdo em quatro áreas do conhecimento com 45 questões de múltipla escolha para cada área, além de uma redação.

São 90 questões no primeiro dia, e 90 questões no segundo dia de provas.

No primeiro dia de vestibular, o candidato irá encontrar as seguintes áreas de conhecimento:

  • Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Filosofia e Sociologia)
  • Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Português, Literatura, Artes e Língua Estrangeira – Inglês ou Espanhol, sendo a língua escolhida pelo próprio candidato no ato da inscrição)
  • Redação (Dissertativa-argumentativa)

É importante estar atento ao modelo de redação, que é dissertativo-argumentativo. Ou seja, o texto pode ser anulado caso fuja desse formato – o candidato não pode, por exemplo, escrever um poema na redação ou qualquer formato estranho à proposta.

Textos de apoio, chamados de textos “motivadores”, vão ajudar o candidato a embasar argumentos para começar a escrever a redação em cerca de 30 linhas, com uma proposta de intervenção – uma espécie de sugestão de solução para o problema – que respeite os direitos humanos.

Tanto as respostas das questões objetivas quanto o texto da redação devem ser preenchidos com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente.

Segundo dia de prova

Nesta etapa não há redação, somente 90 questões de múltipla escolha – o participante irá escolher e assinalar, com uma caneta preta, uma das 5 alternativas para cada questão.

As áreas do conhecimento neste dia são:

  • Matemática e suas Tecnologias (Matemática)
  • Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Química, Física e Biologia)

O que fazer com as notas

As notas do Enem podem ser usadas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e no Programa Universidade para Todos (ProUni).

O Sisu é a plataforma onde instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para seus cursos, com diferentes notas de corte exigidas. Podem se inscrever no Sisu os candidatos que obtiveram uma nota maior do que zero na redação e aqueles que não são da modalidade treineiro.

O ProUni funciona de modo semelhante ao Sisu, mas é o sistema que oferece bolsas de estudo em instituições particulares de ensino superior.

Quem for selecionado em ambos os programas deve escolher entre um deles, já que não é permitido obter a bolsa do ProUni enquanto se está matriculado em uma instituição de educação superior pública.

O candidato pode, ainda, optar pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que não exige nota mínima para participar. Trata-se de um empréstimo feito pelo governo federal aos alunos que não podem pagar pelos estudos em universidades privadas no Brasil.

Ao concluir o curso, na modalidade do Fies, o estudante deve pagar a dívida, dentro de uma série de condições disponibilizadas pelo governo.

(Publicado por Lucas Schroeder, com informações de Gustavo Zanfer, da CNN, em São Paulo)

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